Abril Azul: Conscientização Sobre o Autismo e a Busca Por Inclusão

por Fabio Souza publicado 01/04/2024 16h46, última modificação 01/04/2024 16h46
Unidos pela Conscientização e Inclusão: Abril Azul e o Combate ao Preconceito sobre o Autismo
Abril Azul: Conscientização Sobre o Autismo e a Busca Por Inclusão

Imagem: Fábio Souza

Este mês ganha um significado especial para aqueles que enfrentam diariamente desafios em busca de diagnóstico precoce, tratamento e aceitação do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O "Abril Azul", estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem como objetivo conscientizar a população sobre o autismo, envolvendo a comunidade, promovendo visibilidade e buscando uma sociedade mais inclusiva e menos preconceituosa. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 70 milhões de pessoas são autistas em todo o mundo.

O TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por um desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e interação social, além de padrões de comportamento repetitivos e estereotipados. Embora não haja evidências científicas de uma causa única para o autismo, há uma interação entre fatores genéticos e ambientais.

De acordo com a psicopedagoga Ariany Guerra, o TEA é reconhecido no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) como um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos restritos e repetitivos. O DSM-5 classifica o TEA em três níveis de suporte: leve, moderado e severo, dependendo do grau de dificuldade apresentado pela pessoa.

Já a Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde (CID-11) identifica o Transtorno do Espectro Autista, com subdivisões relacionadas à presença ou não de deficiência intelectual e/ou comprometimento da linguagem.

Apesar das classificações nos manuais e organizações mundiais, é importante ressaltar que o autismo não é uma doença, não possui cura e não tem uma aparência específica. O tratamento requer uma abordagem multidisciplinar, conforme enfatiza Ariany Guerra.

Infelizmente, o preconceito em relação às pessoas autistas ainda persiste na sociedade devido à falta de informações sobre o transtorno. No entanto, a união de famílias e profissionais em defesa dos direitos dos autistas está mudando essa realidade.

Kariny Ribeiro, psicóloga especializada em Intervenção ABA, alerta que os sinais do autismo podem ser observados nos primeiros meses de vida da criança, como ausência de contato visual, dificuldade de resposta ao nome e atrasos no desenvolvimento motor e da fala.

Por que a cor azul? No autismo, o azul é associado a um sentimento de calma e equilíbrio, auxiliando em situações de sobrecarga sensorial. O símbolo do infinito colorido, escolhido e criado pelos próprios autistas, representa a neurodiversidade e as diferentes expressões dentro do TEA.

A conscientização é fundamental para combater o preconceito e promover a inclusão e aceitação de todos. É necessário utilizar as ferramentas disponíveis, como a tecnologia, para tornar a inclusão uma realidade em todas as esferas da vida cotidiana.

Este "Abril Azul" nos convida a refletir, aprender e agir em prol de uma sociedade mais inclusiva e acolhedora para todas as pessoas, independentemente de suas diferenças.

 


Baixe aqui o Manual de Atendimento a Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

 

Fonte: gov.br

Texto e Imagen: Fábio Souza